Checando a correspondência, encontro algumas perguntas "aflitas" vindas do Brasil. Soam meio estranhas, mas vamos lá...
1. O leitor José Arlindo Antunes pergunta se eu não considero "um perfeito idiota" um respeitado crítico que, segundo ele, teria escrito (em recente obituário sobre Michael Brecker) que "os irmãos Randy e Michael Brecker tocaram juntos no grupo fusion Steps Ahead", além de referir-se ao saxofonista Ronnie Cuber como "Rony Cuber" (sic).
Prezado JAA:
Não li nenhum dos dois artigos citados. E, me desculpe a franqueza, não achei a sua apresentação "confiável". O crítico que o Sr. tenta me incitar a esculhambar sempre me pareceu uma pessoa digna, cujo único defeito é ter pena do mitômano do Catete. Se ele de fato cometeu os erros acima - Randy nunca fez parte de formação alguma do Steps Ahead nem no tempo em que o grupo se chamava apenas Steps - é possível que tenha feito confusão com o conjunto Brecker Brothers, este sim liderado pelos irmãos. Além do mais, errar é humano e jamais usarei este espaço para ficar patrulhando o trabalho alheio. Descanse em paz.
2. Outro leitor, Luiz Domingos Montes, gostaria de saber se o disco "Bud Shank and His Brazilian Friends" foi gravado em 1965 ou 1968. Pergunta também se foi feito por encomenda do selo Elenco para "lançar João Donato no mercado americano".
Prezado LDM:
O álbum em questão foi gravado em 1965, em Los Angeles, para o selo Pacific Jazz, e depois licenciado para edição no Brasil pelo selo Elenco, a pedido de Aloysio de Oliveira. Bud Shank idealizou o projeto, tendo o produtor Richard Bock sugerido a participação de João Donato. Na visão de Bock, a presença de Donato como "featured artist" iria alavancar as vendas de "Sambou Sambou", novo título dado a "Muito À Vontade", primeiro disco-solo de João lançado nos EUA naquele mesmo ano. O próprio Bud explica o nascimento do LP em uma entrevista concedida a Les Tomkins em 1980, da qual reproduzo o trecho abaixo:
"Yes, I was involved in some later developments. I went to Rio in 1963 and 1964, and while I was down there I met Sergio Mendes, as well as a lot of other great, groovy musicians, like Roberto Menescal; I played with them a lot. I did not work in Rio; I was working in Buenos Aires, and did some concerts around that area. Then in 1965 Sergio came to Los Angeles with a whole group of people, and he didn't know anybody so he called me. And I worked with the group; we worked two weeks at Shelly's ManneHole, which had just opened at that time, followed by some more concerts and whatever. During that time, I recorded with Sergio and the group—I think that one was called Brasil '66; it was the first of the still–running series. I also made an album under my own name, "Bud Shank And His Brazilian Friends" on Pacific Jazz, with Sergio's rhythm section—Rosinha De Valenca on guitar, Sebastian Neto on bass, Chico Batero on drums—and a very good Brazilian piano player, Joao Donato, who had come up separately. Making that album was fun."
A versão integral está disponível na internet:
http://www.jazzprofessional.com/interviews/Bud%20Shank_3.htm
3. Por fim - graças a Deus! - o leitor Carlos Coutinho do Rego Antunes (xô, coisa ruim!) pede minha opinião sobre a "ridícula briga entre João Máximo e Nelson Motta sobre Cartola".
Prezado CCRA:
Briga? Cartola? Eu lá vou saber que briga é essa! Não tenho nada a ver com o Máximo nem com o adorável Motta (alô alô Nelsinho, aquele abraço e saudações joãogilbertianas!)
Por que o Sr. não vai patolar Araribóia ou procura um psiquiatra? Se estiver precisando de esmola ou empréstimo-ponte, mande os dados bancários que eu faço um depósito. Rest in trouble.
Sunday, May 6, 2007
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