O jazz que sobrou de 2005
“Lançamentos relevantes incluem novo disco de Sonny Rollins”
Arnaldo DeSouteiro
“Lançamentos relevantes incluem novo disco de Sonny Rollins”
Arnaldo DeSouteiro
Artigo escrito por Arnaldo DeSouteiro em 18 de Janeiro de 2006 e publicado originalmente no jornal "Tribuna da Imprensa"
Na virada de ano, o excesso de lançamentos torna impossível que se comente todo o material despejado no mercado pelas grandes e pequenas companhias, todas ávidas em disputar um período de vendas tido como privilegiado pela proximidade com as festas natalinas. Somando-se muita coisa que, no decorrer de 2005, foi sendo postergada pelos mais variados motivos, tem-se uma pilha de “sobras” impossível de ser ignorada. Afinal, é formada por edições relevantes, com destaque para o novo CD de Sonny Rollins, indicado ao Grammy.
Belas vozes
“Christmas songs”, de Diana Krall, por exemplo, deveria ter sido comentado em dezembro. Mas não perdeu seu prazo de validade. Lançado pela Universal, é tão bom que vale a pena ser saboreado em qualquer época do ano. E, em função da qualidade das performances e da produção (a cargo do Midas Tommy LiPuma), talvez já mereça o prêmio de melhor álbum de canções natalinas já confeccionado na seara jazzística. Supera até mesmo o até então imbatível “Snowfall”, lançado por Tony Bennett em 1994. Sem falar que é muito superior ao último disco de Diana (“The girl in the other room”), retomando o glamour presente em “When I look in your eyes”, “The look of love” e “Live in Paris”, a trilogia de ouro da bela diva.
Rapazes ainda emocionalmente impúberes, em fase de polução noturna, acusam a moça de falta de criatividade, e de se submeter à manipulação das gravadoras. Desconhecem a forte tradição que os chamados “discos de natal” representam no mercado americano. E muito menos sabem que o convite para grava-los é sinal de status, prova inequívoca da conquista de elevado patamar de respeitabilidade. No outro extremo, o clube dos tolinhos anciãos sebentos continua acusando Diana de imitadora de Eartha Kitt e Julie London (!!!???!!!), de não ser uma cantora de “jazz verdadeiro”, seja lá o que isso signifique na mente doentia dos rancorosos. Enfim, as mesmas baboseiras de sempre, típicas de quem não tem capacidade de argumentação, e sim muita raiva de mulher. Ainda mais quando é jovem, bonita, rica e bem casada.
Diana está cantando maravilhosamente bem em “Christmas songs”. Não faltam obviedades imprescindíveis, tipo “Jingle bells”, no repertório. Mas a louraça consegue acrescentar sua contribuição pessoal a cada uma das faixas, e ainda surpreende como arranjadora em “White Christmas” e na belíssima “The Christmas song”, favorita de saxofonistas como Hank Crawford e o saudoso Roland Kirk. O craque Johnny Mandel e suas “cordas açucaradas” (para quem tem o blefe Seu Jorge como padrão de qualidade) adicionam um clima de elevada sofisticação em três faixas, entre elas “Christmas time is here”. Nas demais, o baixista John Claytron assume as orquestrações, executadas com precisão pela Clayton/Hamilton Jazz Orchestra que lidera, em Los Angeles, com o infalível batera Jeff Hamilton. Há ainda ótimas contribuições de Anthony Wilson, George Bohanon, Russell Malone, Emil Richards, Alan Broadbent e Tamir Hendelman.
Inveja patética
Por falar em cantora invejada, odiada pelos pseudo-críticos em sua própria terra, Flora Purim também teve CD prensado no Brasil (pela EMI) no final de 2005. Infelizmente, porém, “Flora’a song” dá munição aos gabolas, pois não pode ser comparado aos brilhantes LPs de seu apogeu nos anos 70 – obras-primas como “Stories to tell”, “500 miles high”, “Encounter” e “Everyday everynight”, para não falar dos discaços com o Return to Forever, de Chick Corea, desconhecidos pela geração que cresceu nessa fase de deplorável ódio ao fusion. O álbum reúne belas canções, a começar pela belíssima bossa “Las olas”, de Jaco Pastorius, lançada em gravação insuperável no “Everyday everynight”, agora com ótima letra da própria Flora.
O problema é que nenhuma das recriações nem ao menos se iguala às gravações originais. A nova versão da faixa-título chega perto de conseguir um milagre; porém, quem conhece o registro de “Flora’s song” no disco “Free”, do marido Airto Moreira em 1972, com arranjo de Don Sebesky e solos de Keith Jarrett e Jay Berliner, sabe a diferença, apesar dos esforços de Mark Egan, Christian Jacob, Gary Meek e de Airto, que permanece arrasador na batreia & percussão. “Anjo do amor” (Toninho Horta), a despeito do violão de Dori Caymmi, perde longe para a magistral interpretação registrada por Flora na sessão de all-stars “Rhythmstick” em 89, com Jim Beard, Romero Lubambo e Bob Berg. O mesmo ocorre com outra linda balada, “Silvia”, do guitarrista José Neto, gravada no “Last journey” do grupo Fourth World em 2000. Derrapadas mais graves acontecem quando Marcos Silva erra a mão nos arranjos para “Anjo de mim” (Ivan Lins) e “É preciso perdoar”, pesando o samba de Carlos Coqueijo Costa & Alcyvando Luz que, na voz & violão de João Gilberto, é pura sutileza.
Tal equivocado direcionamento artístico nos últimos trabalhos para o selo Narada, associado à Virgin, não justifica a agressividade dos ataques sofridos por Flora cada vez que um disco seu é lançado no Brasil. O mais desprezível sub-ser da imprensa jazzística, com 80 anos de experiência em fofoca, maledicência e intriga, hábil em jogar uns contra os outros no meio jornalístico, mestre na arte da calúnia e da difamação, chegou ao ponto de – em mais um patético pronunciamento através de um blog que divulga suas maluquices – afirmar que Flora somente foi eleita a melhor cantora de jazz do mundo, por cinco anos consecutivos, na votação dos leitores da Down Beat, por causa da “ajuda” de seus colegas presidiários durante o tempo em que cumpriu pena por porte de drogas. Ou seja: segundo quer fazer crer o demente, os “hóspedes” de Terminal Island eram todos jazzófilos assinantes da Down Beat, capazes de garantir a vitória – geralmente com 800 votos entre 74 e 78 – sobre Ella Fitzgerald e Sarah Vaughan para mostrar “solidariedade” à brasileira. Sem falar que, de passagem, chama Leonard Feather, Ira Gitler, Ralph Gleason e outros ilustres historiadores, todos fãs de Purim, de ignorantes. Camisa-de-força nesse louco!
Grandes mestres
Na área instrumental, aparece como um dos grandes destaques de 2005 o CD “Without a song – The 9/11 concert”, o 22º disco de Sonny Rollins desde o seu ingresso no selo Milestone (hoje pertencente ao grupo Concord, que, aliás, acaba de comprar a Telarc) em 1972. Na verdade, o álbum foi gravado ao vivo quatro dias depois da tragédia, em 15 de setembro de 2001, durante um concerto de duas horas e meia no Berklee Performance Center, em Boston. A produção vem assinada por Sonny e sua esposa Lucille, ainda viva naquela ocasião. Falecida em setembro de 2004, companheira de amor e trabalho por mais de 45 anos, ela atuava como empresária de Rollins desde o início dos anos 70, e como co-produtora de seus discos a partir de 1980.
No dia da destruição do World Trade Center, Sonny estava em seu apartamento em Manhattan, a seis quadras do local, quando ouviu o som da primeira explosão. Desceu para a rua a tempo de ver o segundo avião se chocar com a segunda torre. No dia seguinte, todo o prédio foi evacuado pela Guarda Nacional. No dia 14, com o tráfego aéreo ainda proibido, ele, incentivado por Lucille, partiu de carro com seus músicos rumo a Boston. O concerto do dia 15 aconteceu em clima de emoção e comoção, mas com o vigor característico do titã do sax tenor. Os 73 minutos selecionados para o disco – as faixas restantes certamente serão editadas no futuro – abrigam notáveis desempenhos não apenas do líder, como também de seu afiadíssimo grupo formado por Clifton Anderson (um dos melhores trombonistas da atualidade, e sobrinho de Rollins), Stephen Scott (piano, além de kalimba em “Global warming”), Bob Cranshaw (baixo elétrico, outro fiel comparsa desde os anos 60), Perry Wilson (bateria) e Kimati Dinizulu (percussão).
Detalhe: a Milestone não planejava gravar o concerto, captado graças ao próprio Rollins, que nos últimos anos adquiriu o hábito de fazer gravações domésticas de seus shows. Um ardoroso fã do saxofonista, Carl Smith, também tem feito o mesmo, com o consentimento do músico. De posse dos dois tapes, o engenheiro Richard Corsello fez a mixagem e a edição, sem deixar que a espontaneidade se perdesse. No cardápio, extensas versões de standards adorados por Rollins: “Without a song”, “Why was I born?”, “Where or when” e “A nightingale sang in Berkeley Square”. Todos previamente gravados, respectivamente, nos albums de estúdio “The bridge” (1962), “Here’s to the people” (1991), “Old flames” (93) e “This is what I do” (2000), que lhe deu seu primeiro Grammy! A única composição do tenorista, o baloiçante calypso “Global warming”, deu título a seu álbum de 1998. Agora é torcer por um novo Grammy, dia 8 de Fevereiro, quando a faixa “Why was I Born?” concorre na categoria de “best jazz instrumental solo”.
Legendas:
“Sonny Rollins: o titã do sax-tenor concorre ao Grammy em fevereiro”
“Rollins e seus músicos durante o concerto em 2001”
Na virada de ano, o excesso de lançamentos torna impossível que se comente todo o material despejado no mercado pelas grandes e pequenas companhias, todas ávidas em disputar um período de vendas tido como privilegiado pela proximidade com as festas natalinas. Somando-se muita coisa que, no decorrer de 2005, foi sendo postergada pelos mais variados motivos, tem-se uma pilha de “sobras” impossível de ser ignorada. Afinal, é formada por edições relevantes, com destaque para o novo CD de Sonny Rollins, indicado ao Grammy.
Belas vozes
“Christmas songs”, de Diana Krall, por exemplo, deveria ter sido comentado em dezembro. Mas não perdeu seu prazo de validade. Lançado pela Universal, é tão bom que vale a pena ser saboreado em qualquer época do ano. E, em função da qualidade das performances e da produção (a cargo do Midas Tommy LiPuma), talvez já mereça o prêmio de melhor álbum de canções natalinas já confeccionado na seara jazzística. Supera até mesmo o até então imbatível “Snowfall”, lançado por Tony Bennett em 1994. Sem falar que é muito superior ao último disco de Diana (“The girl in the other room”), retomando o glamour presente em “When I look in your eyes”, “The look of love” e “Live in Paris”, a trilogia de ouro da bela diva.
Rapazes ainda emocionalmente impúberes, em fase de polução noturna, acusam a moça de falta de criatividade, e de se submeter à manipulação das gravadoras. Desconhecem a forte tradição que os chamados “discos de natal” representam no mercado americano. E muito menos sabem que o convite para grava-los é sinal de status, prova inequívoca da conquista de elevado patamar de respeitabilidade. No outro extremo, o clube dos tolinhos anciãos sebentos continua acusando Diana de imitadora de Eartha Kitt e Julie London (!!!???!!!), de não ser uma cantora de “jazz verdadeiro”, seja lá o que isso signifique na mente doentia dos rancorosos. Enfim, as mesmas baboseiras de sempre, típicas de quem não tem capacidade de argumentação, e sim muita raiva de mulher. Ainda mais quando é jovem, bonita, rica e bem casada.
Diana está cantando maravilhosamente bem em “Christmas songs”. Não faltam obviedades imprescindíveis, tipo “Jingle bells”, no repertório. Mas a louraça consegue acrescentar sua contribuição pessoal a cada uma das faixas, e ainda surpreende como arranjadora em “White Christmas” e na belíssima “The Christmas song”, favorita de saxofonistas como Hank Crawford e o saudoso Roland Kirk. O craque Johnny Mandel e suas “cordas açucaradas” (para quem tem o blefe Seu Jorge como padrão de qualidade) adicionam um clima de elevada sofisticação em três faixas, entre elas “Christmas time is here”. Nas demais, o baixista John Claytron assume as orquestrações, executadas com precisão pela Clayton/Hamilton Jazz Orchestra que lidera, em Los Angeles, com o infalível batera Jeff Hamilton. Há ainda ótimas contribuições de Anthony Wilson, George Bohanon, Russell Malone, Emil Richards, Alan Broadbent e Tamir Hendelman.
Inveja patética
Por falar em cantora invejada, odiada pelos pseudo-críticos em sua própria terra, Flora Purim também teve CD prensado no Brasil (pela EMI) no final de 2005. Infelizmente, porém, “Flora’a song” dá munição aos gabolas, pois não pode ser comparado aos brilhantes LPs de seu apogeu nos anos 70 – obras-primas como “Stories to tell”, “500 miles high”, “Encounter” e “Everyday everynight”, para não falar dos discaços com o Return to Forever, de Chick Corea, desconhecidos pela geração que cresceu nessa fase de deplorável ódio ao fusion. O álbum reúne belas canções, a começar pela belíssima bossa “Las olas”, de Jaco Pastorius, lançada em gravação insuperável no “Everyday everynight”, agora com ótima letra da própria Flora.
O problema é que nenhuma das recriações nem ao menos se iguala às gravações originais. A nova versão da faixa-título chega perto de conseguir um milagre; porém, quem conhece o registro de “Flora’s song” no disco “Free”, do marido Airto Moreira em 1972, com arranjo de Don Sebesky e solos de Keith Jarrett e Jay Berliner, sabe a diferença, apesar dos esforços de Mark Egan, Christian Jacob, Gary Meek e de Airto, que permanece arrasador na batreia & percussão. “Anjo do amor” (Toninho Horta), a despeito do violão de Dori Caymmi, perde longe para a magistral interpretação registrada por Flora na sessão de all-stars “Rhythmstick” em 89, com Jim Beard, Romero Lubambo e Bob Berg. O mesmo ocorre com outra linda balada, “Silvia”, do guitarrista José Neto, gravada no “Last journey” do grupo Fourth World em 2000. Derrapadas mais graves acontecem quando Marcos Silva erra a mão nos arranjos para “Anjo de mim” (Ivan Lins) e “É preciso perdoar”, pesando o samba de Carlos Coqueijo Costa & Alcyvando Luz que, na voz & violão de João Gilberto, é pura sutileza.
Tal equivocado direcionamento artístico nos últimos trabalhos para o selo Narada, associado à Virgin, não justifica a agressividade dos ataques sofridos por Flora cada vez que um disco seu é lançado no Brasil. O mais desprezível sub-ser da imprensa jazzística, com 80 anos de experiência em fofoca, maledicência e intriga, hábil em jogar uns contra os outros no meio jornalístico, mestre na arte da calúnia e da difamação, chegou ao ponto de – em mais um patético pronunciamento através de um blog que divulga suas maluquices – afirmar que Flora somente foi eleita a melhor cantora de jazz do mundo, por cinco anos consecutivos, na votação dos leitores da Down Beat, por causa da “ajuda” de seus colegas presidiários durante o tempo em que cumpriu pena por porte de drogas. Ou seja: segundo quer fazer crer o demente, os “hóspedes” de Terminal Island eram todos jazzófilos assinantes da Down Beat, capazes de garantir a vitória – geralmente com 800 votos entre 74 e 78 – sobre Ella Fitzgerald e Sarah Vaughan para mostrar “solidariedade” à brasileira. Sem falar que, de passagem, chama Leonard Feather, Ira Gitler, Ralph Gleason e outros ilustres historiadores, todos fãs de Purim, de ignorantes. Camisa-de-força nesse louco!
Grandes mestres
Na área instrumental, aparece como um dos grandes destaques de 2005 o CD “Without a song – The 9/11 concert”, o 22º disco de Sonny Rollins desde o seu ingresso no selo Milestone (hoje pertencente ao grupo Concord, que, aliás, acaba de comprar a Telarc) em 1972. Na verdade, o álbum foi gravado ao vivo quatro dias depois da tragédia, em 15 de setembro de 2001, durante um concerto de duas horas e meia no Berklee Performance Center, em Boston. A produção vem assinada por Sonny e sua esposa Lucille, ainda viva naquela ocasião. Falecida em setembro de 2004, companheira de amor e trabalho por mais de 45 anos, ela atuava como empresária de Rollins desde o início dos anos 70, e como co-produtora de seus discos a partir de 1980.
No dia da destruição do World Trade Center, Sonny estava em seu apartamento em Manhattan, a seis quadras do local, quando ouviu o som da primeira explosão. Desceu para a rua a tempo de ver o segundo avião se chocar com a segunda torre. No dia seguinte, todo o prédio foi evacuado pela Guarda Nacional. No dia 14, com o tráfego aéreo ainda proibido, ele, incentivado por Lucille, partiu de carro com seus músicos rumo a Boston. O concerto do dia 15 aconteceu em clima de emoção e comoção, mas com o vigor característico do titã do sax tenor. Os 73 minutos selecionados para o disco – as faixas restantes certamente serão editadas no futuro – abrigam notáveis desempenhos não apenas do líder, como também de seu afiadíssimo grupo formado por Clifton Anderson (um dos melhores trombonistas da atualidade, e sobrinho de Rollins), Stephen Scott (piano, além de kalimba em “Global warming”), Bob Cranshaw (baixo elétrico, outro fiel comparsa desde os anos 60), Perry Wilson (bateria) e Kimati Dinizulu (percussão).
Detalhe: a Milestone não planejava gravar o concerto, captado graças ao próprio Rollins, que nos últimos anos adquiriu o hábito de fazer gravações domésticas de seus shows. Um ardoroso fã do saxofonista, Carl Smith, também tem feito o mesmo, com o consentimento do músico. De posse dos dois tapes, o engenheiro Richard Corsello fez a mixagem e a edição, sem deixar que a espontaneidade se perdesse. No cardápio, extensas versões de standards adorados por Rollins: “Without a song”, “Why was I born?”, “Where or when” e “A nightingale sang in Berkeley Square”. Todos previamente gravados, respectivamente, nos albums de estúdio “The bridge” (1962), “Here’s to the people” (1991), “Old flames” (93) e “This is what I do” (2000), que lhe deu seu primeiro Grammy! A única composição do tenorista, o baloiçante calypso “Global warming”, deu título a seu álbum de 1998. Agora é torcer por um novo Grammy, dia 8 de Fevereiro, quando a faixa “Why was I Born?” concorre na categoria de “best jazz instrumental solo”.
Legendas:
“Sonny Rollins: o titã do sax-tenor concorre ao Grammy em fevereiro”
“Rollins e seus músicos durante o concerto em 2001”
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