Viagens ao passado via Jazzclub
Ótimas coletâneas trazem discos de Astrud, Jobim e George Shearing
Arnaldo DeSouteiro
Ótimas coletâneas trazem discos de Astrud, Jobim e George Shearing
Arnaldo DeSouteiro
Artigo escrito por Arnaldo DeSouteiros em 22 de Fevereiro de 2007 e publicado originalmente no jornal "Tribuna da Imprensa" em 26 de Fevereiro de 2007
Em tempo de crise a história se repete. Relançamentos e compilações tornam-se prioridades nas gravadoras, que conseguem razoável lucro com baixo custo de investimento. Uma boa vasculhada nos acervos pode gerar produtos de apelo comercial e qualidade artística, como acontece na série Jazzclub, da Universal, cujos novos sete volumes focalizam desde os jazzmen Oscar Peterson e George Shearing até os brasileiros Tom Jobim e Astrud Gilberto, incluindo também um relançamento de Ella Fitzgerald e as coletâneas conceituais “Superdrummers!” e “Jazz for meditation”.
Transe criativo
O título e a ilustração da capa de “Jazz for meditation” podem dar a impressão de que se trata de uma coleção de música amena, chegada à new-age. Mas quem comprar o disco pela embalagem deverá se surpreender – positiva ou negativamente, dependendo de sua amplitude cultural – com o denso conteúdo. A faixa de abertura já desvenda a estética, trazendo a recém-falecida Alice Coltrane arrepiando na belíssima “Blue Nile”. Nesta música, a multi-instrumentista toca harpa; mas nada a ver com a futilidade emocional de um Andreas Vollenweider, convém frisar. Tanto que a faixa foi gravada para o vanguardista selo Impulse, em 1970, com as contribuições de Ron Carter, Ben Riley, Joe Henderson e Pharoah Sanders. Outra saudosa harpista, Dorothy Ashby opta pelo koto em “For some we loved”, usando oboé, kalimba e violino na inusitada instrumentação. Vale destacar também Randy Weston (“The shang”), Yusef Lateef (“Bamboo flute blues”) e John Handy (“Karina supreme”) juntando sax-alto, sarod e tabla em uma fusão de improvisos jazzísticos e levadas rítmicas orientais.
Idealizada por Stefan Ennos, “Superdrummers!” é um presentaço para os admiradores dos maiores bateristas da história do jazz. Além de Buddy Rich, escolhido para a foto da capa e representado por “The surrey with the fringe on top”, desfilam feras das mais diversas personalidades. Do incomparável e inclassificável Elvin Jones (“Dear John C.”, cabendo a Charlie Mariano, no sax-alto, evocar o tenorista homenageado) ao lendário Gene Krupa (“Second helping blues”), passando pelo hard-bop de Max Roach (“Minor trouble”, coadjuvado por Sonny Rollins e Kenny Dorham) e o batera mais ilustre do cool-jazz, Shelly Manne (“Lean on me”). Também são arrepiantes as participações dos estiliistas Art Blakey (“The Hub”, com a presença do autor Freddie Hubbard), Kenny Clarke (“No smokin’”) e, em sua fase jazz-rock com Larry Young & John McLaughlin, o indomável Tony Williams (“Big Nick”). Octogenários ainda na ativa, Louie Bellson (“Charlie’s blues”), Roy Haynes (“Fly me to the moon” com Roland Kirk) e Chico Hamilton (“Blues for O.T.”, valorizado por Gabor Szabo) completam o escrete.
Teclas mágicas
“Fly me to the moon”, a linda e mais famosa composição de Bart Howard, dá título ao volume dedicado ao canadense Oscar Peterson, compilado por Felix Feustel. Traz o grande virtuose do piano humilhando os menos dotados em versões espetaculares de “All the things you are”, “If I should lose you” (número-solo), “It never entered my mind” (com George Mraz no baixo) e “Once upon a summertime”, uma das obras-primas de Michel Legrand. Ao lado do baixista Niels Pedersen e do baterista Louis Hayes, Peterson consegue o milagre de extirpar todo o sentimentalismo barato associado a “Smile”, de Charles Chaplin, unindo-se ao vibrafonista-mor Milt Jackson nas recriações de “When I fall in love” e “Someday my prince will come”, ambas ancoradas pelo baixo do freqüente sideman Ray Brown, substituído por Sam Jones na emocionante balada “I loves you, Porgy”.
O inglês George Shearing comparece “Swinging in a latin mood” nas vinte faixas agrupadas por Matthias Kunnecke a partir de duas sessões de 1974. Os percussionistas Chino Valdes (congas & bongôs) e Carmelo Garcia (timbales) são os responsáveis por – somando seus talentos aos de Andy Simpkins (baixo), Sigi Schwab (guitarra), Heribert Thusek (vibrafone) e Rusty Jones (bateria) – adicionar saboroso molho latino ao repertório. Com seu toque classudo e inconfundível, não raro definido como “cocktail piano”, Shearing injeta novos ritmos e cores a clássicos do jazz e do pop, começando por seu maior sucesso, “Lullaby of Birdland”. Vai das antiguidades “The continental”, “The nearness of you” (maravilha melódico-harmônica de Hoagy Carmichael) e “Someone to watch over me” até hits dos anos 70, como “Killing me softly”, “You are the sunshine of my life” e “Alone again”.
Similar ecletismo se verifica no disco de Ella Fitzgerald batizado “Live in San Francisco”, mas que não passa de um disfarce para o relançamento de “Sunshine of your love”, talvez o mais controvertido álbum de sua carreira. Produzido por Norman Granz para o selo alemão MPS em 1968, registrado ao vivo no Fairmont Hotel com o trio de Tommy Flanagan e orquestrações assinadas por Marty Paich, Frank de Vol, Tee Garson e Bill Holman, alterna ótimos, bons, razoáveis e constrangedores momentos. Ella se esforça para mostrar naturalidade em “Hey Jude” (Beatles) e “Sunshine of your love” (Cream). Em vão, tropeçando de vez no equivocado tratamento conferido a “Alright, OK, you win”. Para compensar, há notáveis interpretações para “Watch what happens”, “Trouble is a man”, “A house is not a home” e a Jobiniana “Inútil paisagem” na versão de Ray Gilbert.
Sempre criticada – pelos incuráveis invejosos compatriotas – por sua limitação técnica, pequena extensão e mínima potência vocal, Astrud Gilberto soube compensar tais “deficiências” com discreto charme, sutil sensualidade e um envolvente clima de requinte presente na maioria de suas gravações. A compilação “Non-stop to Brazil” capta justamente a fase áurea de sua associação com a Verve, quando o produtor Creed Taylor, depois de aplicar seu toque de Midas a “Girl from Ipanema”, decidiu investir na carreira-solo da baiana, convocando os maiores jazzmen e os melhores arranjadores para acompanha-la. A faixa-título, por exemplo, um dos temas do genial Luiz Bonfá para a trilha do filme “The gentle rain”, ganhou suntuosa orquestração de Don Sebesky, responsável também pelo delicioso tratamento bossa-nova conferido a “I had the craziest dream”, com Ron Carter no baixo, Cláudio Slon na bateria e Dom Um Romão na percussão.
Além de Sebesky, outros mestres exercitam suas aptidões: Gil Evans (no arrasador arranjo para “Bim bom” de João Gilberto, com a big-band incluindo Bob Brookmeyer e Johnny Coles), Al Cohn (“Lugar bonito”, de Carlos Lyra), Eumir Deodato (em sua própria “Estrelinha” e no dancefloor-classic “Os grilos” de Marcos Valle), Claus Ogerman (“Fly me to the moon”, destacando o trombone aveludado de Urbie Green) e o mais comedido Marty Paich em três faixas (“Água de beber”, “Meditação” e “Só tinha de ser com você”) do primeiro disco-solo de Astrud, de 1965, com João Donato ao piano, Tom Jobim no violão e Lulu Ferreira (omitido da ficha técnica) na percussão. Mesmo nas faixas sem orquestra, assessorada apenas pelo quarteto do sensacional organista Walter Wanderley, outro patrício volta e meia esculhambado no Brasil, Astrud esbanja graciosidade no pop-hit “Call me”, no bolero “Tu, mi delírio” e no sambão “Nega do cabelo duro”.
Expert em bossa nova, Kai Lerner compilou também “One note samba”, de Antonio Carlos Jobim, revisando os discos lançados pela Verve e pela A&M. Do histórico “The composer of Desafinado, plays” – a estréia de Tom como líder, que só aconteceu nos EUA em 1963 graças a Creed Taylor porque ninguém, nem mesmo o amigo Aloysio de Oliveira, se interessava em contrata-lo no Brasil – são lembradas “Vivo sonhando”, “Samba de uma nota só”, “Desafinado”, “O morro não tem vez” e, claro, “Garota de Ipanema”, balizadas pelo baixo de George Duvivier e a bateria de Edson Machado, com os solos a cargo de Leo Wright (flauta) e Jimmy Cleveland (trombone) em arranjos de Claus Ogerman.
Jobim, Taylor e Ogerman voltariam a se encontrar em 67 quando, após os LPs para a Warner, Tom assinou com a CTI, então a divisão jazzística da A&M. “Wave”, “Look to the sky”, “Antigua”, “Lamento no morro” e “The red blouse” pertencem ao álbum “Wave”, abrilhantado pelos desempenhos de Urbie Green, Romeo Penque, Ron Carter, Dom Um e Cláudio Slon. Para o disco seguinte, “Tide”, de 1970, totalmente instrumental e concebido durante as mesmas sessões que originaram “Stone flower”, Jobim gravou as pouco conhecidas “Takatanga”, “Caribe” e “Remember”, tocando piano acústico, piano elétrico e violão ao lado de Ron Carter, o insuperável baterista João Palma, e os percussionistas Airto Moreira e Everaldo Ferreira, com arranjos de Deodato. Do célebre “Elis & Tom”, de 74, foram selecionadas “Chovendo na roseira” e “Triste”. Por fim, “Samba do Soho”, “Isabella” e “Anos dourados”, extraídas de “Passarim”, de 87. Reciclar o que se fez eterno nunca é demais.
Legendas:
Em tempo de crise a história se repete. Relançamentos e compilações tornam-se prioridades nas gravadoras, que conseguem razoável lucro com baixo custo de investimento. Uma boa vasculhada nos acervos pode gerar produtos de apelo comercial e qualidade artística, como acontece na série Jazzclub, da Universal, cujos novos sete volumes focalizam desde os jazzmen Oscar Peterson e George Shearing até os brasileiros Tom Jobim e Astrud Gilberto, incluindo também um relançamento de Ella Fitzgerald e as coletâneas conceituais “Superdrummers!” e “Jazz for meditation”.
Transe criativo
O título e a ilustração da capa de “Jazz for meditation” podem dar a impressão de que se trata de uma coleção de música amena, chegada à new-age. Mas quem comprar o disco pela embalagem deverá se surpreender – positiva ou negativamente, dependendo de sua amplitude cultural – com o denso conteúdo. A faixa de abertura já desvenda a estética, trazendo a recém-falecida Alice Coltrane arrepiando na belíssima “Blue Nile”. Nesta música, a multi-instrumentista toca harpa; mas nada a ver com a futilidade emocional de um Andreas Vollenweider, convém frisar. Tanto que a faixa foi gravada para o vanguardista selo Impulse, em 1970, com as contribuições de Ron Carter, Ben Riley, Joe Henderson e Pharoah Sanders. Outra saudosa harpista, Dorothy Ashby opta pelo koto em “For some we loved”, usando oboé, kalimba e violino na inusitada instrumentação. Vale destacar também Randy Weston (“The shang”), Yusef Lateef (“Bamboo flute blues”) e John Handy (“Karina supreme”) juntando sax-alto, sarod e tabla em uma fusão de improvisos jazzísticos e levadas rítmicas orientais.
Idealizada por Stefan Ennos, “Superdrummers!” é um presentaço para os admiradores dos maiores bateristas da história do jazz. Além de Buddy Rich, escolhido para a foto da capa e representado por “The surrey with the fringe on top”, desfilam feras das mais diversas personalidades. Do incomparável e inclassificável Elvin Jones (“Dear John C.”, cabendo a Charlie Mariano, no sax-alto, evocar o tenorista homenageado) ao lendário Gene Krupa (“Second helping blues”), passando pelo hard-bop de Max Roach (“Minor trouble”, coadjuvado por Sonny Rollins e Kenny Dorham) e o batera mais ilustre do cool-jazz, Shelly Manne (“Lean on me”). Também são arrepiantes as participações dos estiliistas Art Blakey (“The Hub”, com a presença do autor Freddie Hubbard), Kenny Clarke (“No smokin’”) e, em sua fase jazz-rock com Larry Young & John McLaughlin, o indomável Tony Williams (“Big Nick”). Octogenários ainda na ativa, Louie Bellson (“Charlie’s blues”), Roy Haynes (“Fly me to the moon” com Roland Kirk) e Chico Hamilton (“Blues for O.T.”, valorizado por Gabor Szabo) completam o escrete.
Teclas mágicas
“Fly me to the moon”, a linda e mais famosa composição de Bart Howard, dá título ao volume dedicado ao canadense Oscar Peterson, compilado por Felix Feustel. Traz o grande virtuose do piano humilhando os menos dotados em versões espetaculares de “All the things you are”, “If I should lose you” (número-solo), “It never entered my mind” (com George Mraz no baixo) e “Once upon a summertime”, uma das obras-primas de Michel Legrand. Ao lado do baixista Niels Pedersen e do baterista Louis Hayes, Peterson consegue o milagre de extirpar todo o sentimentalismo barato associado a “Smile”, de Charles Chaplin, unindo-se ao vibrafonista-mor Milt Jackson nas recriações de “When I fall in love” e “Someday my prince will come”, ambas ancoradas pelo baixo do freqüente sideman Ray Brown, substituído por Sam Jones na emocionante balada “I loves you, Porgy”.
O inglês George Shearing comparece “Swinging in a latin mood” nas vinte faixas agrupadas por Matthias Kunnecke a partir de duas sessões de 1974. Os percussionistas Chino Valdes (congas & bongôs) e Carmelo Garcia (timbales) são os responsáveis por – somando seus talentos aos de Andy Simpkins (baixo), Sigi Schwab (guitarra), Heribert Thusek (vibrafone) e Rusty Jones (bateria) – adicionar saboroso molho latino ao repertório. Com seu toque classudo e inconfundível, não raro definido como “cocktail piano”, Shearing injeta novos ritmos e cores a clássicos do jazz e do pop, começando por seu maior sucesso, “Lullaby of Birdland”. Vai das antiguidades “The continental”, “The nearness of you” (maravilha melódico-harmônica de Hoagy Carmichael) e “Someone to watch over me” até hits dos anos 70, como “Killing me softly”, “You are the sunshine of my life” e “Alone again”.
Similar ecletismo se verifica no disco de Ella Fitzgerald batizado “Live in San Francisco”, mas que não passa de um disfarce para o relançamento de “Sunshine of your love”, talvez o mais controvertido álbum de sua carreira. Produzido por Norman Granz para o selo alemão MPS em 1968, registrado ao vivo no Fairmont Hotel com o trio de Tommy Flanagan e orquestrações assinadas por Marty Paich, Frank de Vol, Tee Garson e Bill Holman, alterna ótimos, bons, razoáveis e constrangedores momentos. Ella se esforça para mostrar naturalidade em “Hey Jude” (Beatles) e “Sunshine of your love” (Cream). Em vão, tropeçando de vez no equivocado tratamento conferido a “Alright, OK, you win”. Para compensar, há notáveis interpretações para “Watch what happens”, “Trouble is a man”, “A house is not a home” e a Jobiniana “Inútil paisagem” na versão de Ray Gilbert.
Sempre criticada – pelos incuráveis invejosos compatriotas – por sua limitação técnica, pequena extensão e mínima potência vocal, Astrud Gilberto soube compensar tais “deficiências” com discreto charme, sutil sensualidade e um envolvente clima de requinte presente na maioria de suas gravações. A compilação “Non-stop to Brazil” capta justamente a fase áurea de sua associação com a Verve, quando o produtor Creed Taylor, depois de aplicar seu toque de Midas a “Girl from Ipanema”, decidiu investir na carreira-solo da baiana, convocando os maiores jazzmen e os melhores arranjadores para acompanha-la. A faixa-título, por exemplo, um dos temas do genial Luiz Bonfá para a trilha do filme “The gentle rain”, ganhou suntuosa orquestração de Don Sebesky, responsável também pelo delicioso tratamento bossa-nova conferido a “I had the craziest dream”, com Ron Carter no baixo, Cláudio Slon na bateria e Dom Um Romão na percussão.
Além de Sebesky, outros mestres exercitam suas aptidões: Gil Evans (no arrasador arranjo para “Bim bom” de João Gilberto, com a big-band incluindo Bob Brookmeyer e Johnny Coles), Al Cohn (“Lugar bonito”, de Carlos Lyra), Eumir Deodato (em sua própria “Estrelinha” e no dancefloor-classic “Os grilos” de Marcos Valle), Claus Ogerman (“Fly me to the moon”, destacando o trombone aveludado de Urbie Green) e o mais comedido Marty Paich em três faixas (“Água de beber”, “Meditação” e “Só tinha de ser com você”) do primeiro disco-solo de Astrud, de 1965, com João Donato ao piano, Tom Jobim no violão e Lulu Ferreira (omitido da ficha técnica) na percussão. Mesmo nas faixas sem orquestra, assessorada apenas pelo quarteto do sensacional organista Walter Wanderley, outro patrício volta e meia esculhambado no Brasil, Astrud esbanja graciosidade no pop-hit “Call me”, no bolero “Tu, mi delírio” e no sambão “Nega do cabelo duro”.
Expert em bossa nova, Kai Lerner compilou também “One note samba”, de Antonio Carlos Jobim, revisando os discos lançados pela Verve e pela A&M. Do histórico “The composer of Desafinado, plays” – a estréia de Tom como líder, que só aconteceu nos EUA em 1963 graças a Creed Taylor porque ninguém, nem mesmo o amigo Aloysio de Oliveira, se interessava em contrata-lo no Brasil – são lembradas “Vivo sonhando”, “Samba de uma nota só”, “Desafinado”, “O morro não tem vez” e, claro, “Garota de Ipanema”, balizadas pelo baixo de George Duvivier e a bateria de Edson Machado, com os solos a cargo de Leo Wright (flauta) e Jimmy Cleveland (trombone) em arranjos de Claus Ogerman.
Jobim, Taylor e Ogerman voltariam a se encontrar em 67 quando, após os LPs para a Warner, Tom assinou com a CTI, então a divisão jazzística da A&M. “Wave”, “Look to the sky”, “Antigua”, “Lamento no morro” e “The red blouse” pertencem ao álbum “Wave”, abrilhantado pelos desempenhos de Urbie Green, Romeo Penque, Ron Carter, Dom Um e Cláudio Slon. Para o disco seguinte, “Tide”, de 1970, totalmente instrumental e concebido durante as mesmas sessões que originaram “Stone flower”, Jobim gravou as pouco conhecidas “Takatanga”, “Caribe” e “Remember”, tocando piano acústico, piano elétrico e violão ao lado de Ron Carter, o insuperável baterista João Palma, e os percussionistas Airto Moreira e Everaldo Ferreira, com arranjos de Deodato. Do célebre “Elis & Tom”, de 74, foram selecionadas “Chovendo na roseira” e “Triste”. Por fim, “Samba do Soho”, “Isabella” e “Anos dourados”, extraídas de “Passarim”, de 87. Reciclar o que se fez eterno nunca é demais.
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