Sunday, March 12, 2017

R.I.P.: Breno Sauer (1929-2017)

Segue a matança. Acabo de receber a notícia do falecimento, neste domingo, 12 de Março, do pianista, vibrafonista, acordeonista, compositor e arranjador Breno Sauer, um dos mais subestimados músicos brasileiros dentre os que optaram por residir no exterior.

Morando desde 1974 em Chicago, onde comandava informalmente a cena jazzístico-brasileira atuando em prestigiados clubes como o Jazz Showcase, Breno era gaúcho de São Sebastião do Caí, cidade de colonização alemã a 60 quilômetros de Porto Alegre, onde nasceu em 3 de Novembro de 1929.

Começou no acordeon, fascinado por Art Van Damme, depois adotou o vibrafone e finalmente passou para o piano. No Brasil, além de acompanhar Agostinho dos Santos, gravou vários discos como líder para os selos Columbia, RGE e Musidisc (vejam as capinhas no post abaixo; alguns foram relançados em CD na Europa).

Mudou-se para o México em 1967, onde também gravou com Leny Andrade e com o Primo Quinteto (do pianista João Peixoto Primo), no qual atuou como vibrafonista e arranjador, ao lado do baixista Ernoe Eger e dos meus amigos Claudio Roditi no trompete e Portinho Drums na bateria.

Nos EUA, alcançou sucesso nas rádios de jazz com o álbum "Tudo Jóia", liderando seu grupo Made In Brasil, que contava com sua esposa Neusa Sauer no vocal e Paulinho Garcia no baixo, e com o qual excursionou pelo Japão. Antigamente se dizia: "E lá vai a música brasileira para o mundo". Hoje, só resta dizer "E lá se vai a música brasileira que rodou o mundo"... Meus sentimentos a Neusa Teresa Sauer, sua esposa por 53 anos.
Beautiful reminiscences about Breno Sauer from his long time bassist and guitarist Paulinho Garcia:

"I came to Chicago on May 1st, 1979 to be part of Breno Brazilian sounds, we played in a first class Mexican restaurant named Acapulco, by Belmont/Clark Avenues.

The band was then composed by Breno on piano, Dede Sampaio on drums, myself on bass and lead singer Neusa Sauer. Geraldo de Oliveira was always along thru my years with the group.
With the addition and help of the British guitar player, Peter Budd, we started our way into the jazz circuit, and the name was changed to Made In Brazil. Later, another change in the name, the group became Som Brazil.

The group started being recognized and after our trip to Japan, the group composition started changing and the core group became Breno, Neusa and myself.
Along came great additions of first rate Chicago musicians.
On September 1, 1982 we played for the Chicago Jazz Festival, Breno, Neusa and myself with the addition of Akio Sassajima on guitar, Ron Dewar on sax, phill Grateau on drums and Roberto Sanches on percussion.

We held a 13 years weekly gig at the famous club The Jazz Bulls.
I like to separate the group in eras, the Akio-Ron Dewar era, the Ernie Denov-Steve Eisen era, the Peter O'Neil era, David Urban, etc.
Mark walker took on the drums drums after Phill and Ed Petersen became our saxophonist after Steve Eisen, if I remember correctly. 
Luís Everling, like me, was brought from Brasil to be the new drummer. 

Almost every great Chicago musician sat in with us, such as: the very young Fareed Haque, Howard Levy, Alejo Poveda, Thomas Kini, John Campbell, Kelly Sill, Manfredo Fest, to mention a very few, even Michel Petrucciani and Freddie Hubbard played a couple of songs with us. Breno's music was respected and admired by all. 

I left the band after 14 years to pursue my solo guitar/vocalist career. 
Great memories, and life was good.
Thank you Breno for a wonderful 14 years of music and support."

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