Sunday, May 11, 2008

Palmyra & Levita - "Mais Bahia"

http://www.maisbahia.com.br/maismusica.asp?codigo=4220

Story about Palmyra & Levita published on the "Mais Bahia" website:

No ano em que a Bossa Nova celebra bodas de ouro, Palmyra e Paulo Levita mantêm a autenticidade de um dos ritmos mais brasileiros

O Mais Música dessa semana homenageia dois grandes artistas da terra. São eles Palmyra e Paulo Levita, que formam dupla fazendo com voz e violão o mais autêntico som da Bossa Nova na Bahia. Com um trabalho reconhecido no Brasil e exterior, esses dois artistas iniciaram carreira em 1984 e levam na babagem grandes apresentações pelo Brasil, além da participação nos principais discos em louvor à Bossa Nova, oriunda do Papa João Gilberto, que esse ano completa 50 anos.

TRAJETÓRIA

Palmyra e Paulo Levita iniciaram a carreira nos idos anos de 1997, mas somente em 1998 despertaram a atenção do grande público. Isso se deu com a gravação do primeiro CD, "Emergentes da madrugada", projeto em parceria com o Governo do Estado da Bahia, através da BAHIATURSA, e da gravadora WR. Durante esse período, os músicos realizaram vários shows, com destaque para as apresentações no Mahi-Mahi e no Bar Canoa, do extinto Hotel Meridien, com participação de João Donato e produção de Leonardo Levita. O espetáculo realizado na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, para um público de 5.000 pessoas, também teve uma grande repercussão na carreira destes dois artistas, que primam pela qualidade e bom gosto musical. Esse último gerou um CD homônimo gravado ao vivo, no qual a dupla interpreta a faixa "Lá vem a baiana", de Dorival Caymmi.

OUTRAS APRESENTAÇÕES

A dupla apresentou-se, ainda, nos principais teatros de Salvador, nos congressos da ABRASEL (Gramado, Fortaleza e Natal), no Bar do Tom, no Rio, em 1999 e 2000. Além disso, foram convidados especiais da cantora Ithamara Koorax no projeto Lonas Culturais (Vista Alegre e Bangú), no Rio de Janeiro, ocorrido em 2000 e 2001. Os artistas também tiveram participação no CD "Friends from Brazil 2001", produzido por Arnaldo DeSouteiro, interpretando as músicas "Rapunzel", de Carlinhos Brown e Alain Tavares, que recebeu um arranjo personalíssimo da dupla de artistas, faixa dividida com Aroldo Macedo, e "A rã", de João Donato e Caetano Veloso, com João Donato ao piano.

EXPERIÊNCIA VIVIDA NO EXTERIOR

Ainda em 2001, lançaram no circuito Japão/Europa, o CD "Here's that rainy bossa day", uma produção da Jazz Station Records, de Arnaldo DeSouteiro, que ficou conhecendo a dupla por indicação de João Gilberto. O trabalho, que registrou standards da música norte-americana, como "September in the rain" e "Cry me a river" e clássicos da bossa nova, como as jobinianas "Fotografia" e "Corcovado" e "A Namorada", de Carlinhos Brown, entre outras que também tiveram a participação de João Donato ao piano, em todas as faixas.

Três anos depois, foi lançado no Japão o CD “Lucy in the sky with bossa diamonds”, com João Donato, pela Jazz Station Records, gerando uma boa receptividade da crítica nacional e internacional. Entre 2004 e 2006 Palmyra e Levita se apresentaram em vários lugares em Salvador, tais como: Salvador Dali, French Quartier, Hotel Sofitel e agora, recentemente, na Casa da Bossa, como convidada da cantora Ithamara Koorax.

Durante as três apresentações realizadas em outubro de 2006, na Casa da Bossa Preservation Hall, foi gravado o primeiro DVD da dupla Palmyra & Paulo Levita - produção da Chico Som - que teve a participação de Aroldo Macedo (bandolim e guitarra baiana) e Marcio Diniz (bateria). Esse trabalho proporcionou também a estréia da cantora Rebeca Falcone, filha de Palmyra.

NOVOS PROJETOS

O trabalho mais recente da dupla é o CD Hinos e Outras Bossas (cujo repertório é formado por hinos tradicionais com releitura em Bossa Nova) que deverá ser lançado brevemente e que conta com a participação de Rebeca Falcone, na faixa ‘Hino ao Senhor do Bonfim’.

Em 2008, a dupla participou do show de Carlinhos Brown, no dia 2 de fevereiro, no Rio Vermelho, e também das apresentações no palco flutuante do Porto da Barra (Praia 24 horas). No TOM DO SABOR, Palyra e Paulo Levita fizeram duas apresentações e no momento fazem temporada no Salvador Dali, aos sábados, com a participação de Rebeca Falcone.

PALMYRA MARIA IMBASSAHY GOMES

Nascida em 15 de outubro de 1951, em Salvador, desde a infância já se interessava pelo Jazz americano ouvindo as músicas trazidas pelo crítico musical baiano, Jorge Amintas Cravo – o Cravinho. Nessa época os LPs em vinil chegavam por aqui como uma raríssima novidade. Ella Fitzgerald, Billie Holliday, Sarah Vaughan, Dinah Washington, só para citar as mais conhecidas.

Por volta dos dez anos de idade, Palmyra já cantava as preciosidades do Jazz aprendidas quando escutava esses discos. Anos mais tarde, deu seus primeiros passos na música popular brasileira através do violonista Eládio, componente da banda de Raul Seixas, se restringindo porém, a apresentações domésticas. Em 1984 conheceu o compositor e violonista Paulo Levita e a partir daí começou um trabalho de pesquisa, estudo e aprimoramento dos seus dotes musicais.

Foram mais de 15 anos de dedicação até a sua primeira apresentação em março de 1997, acompanhada pelo violão de Paulo Levita, no Bar e Restaurante Mahi-Mahi, em Salvador. Show produzido pelo empresário Leco Levita, onde Palmyra contou com a presença da famosa cantora americana Dionne Warwick que no término do espetáculo comentou: “You’re a singger!” (Você é uma cantora!). A partir daí, Palmyra se destacou nos principais festivais e eventos de Bossa Nova, sempre ao lado do seu fiel companheiro de palco.

PAULO HENRIQUE ARGOLO LEVITA

Nascido em 1º de agosto de 1945, desde os 11 anos de idade manteve contato com o violão, instrumento ao qual se dedica até hoje num ininterrupto processo de estudo e pesquisa. Apaixonado pela obra de João Gilberto, optou por se especializar nesse gênero musical criado pelo grande mestre. Foram anos e anos de aprendizado, escutando e desvendando os segredos das harmonias da Bossa Nova. Em 1969, viajando com a Embaixada de Engenharia - turma com a qual se formou nesse mesmo ano – se apresentou em diversos lugares da Europa, culminando com um show de violão, acompanhado pelo teclado de Sergio Burbulina e a percussão de Bauzinho Pedreira, para o Rei da Suécia, em Estocolmo.

Em 1972, em São Paulo, conheceu seu primeiro parceiro nas composições autorais: Dudu Cerqueira. Com ele, criou mais de 120 canções. Ainda na capital paulista teve outros parceiros letristas tais como, Fernando Assis e Carlos Meirelles. Mudando-se para o Rio de Janeiro em 1975 encontrou-se com o compositor e poeta baiano Walter Queiroz, com quem fez mais de 30 músicas. Uma delas, Estrele, que foi sucesso absoluto na voz de Fafá de Belém. Ainda no Rio, fez músicas também com os compositores Paulo Britto, Jatobá, Jolibra, Narciso Carvalho, Rui Carvalho (a música Enfieira, que ganhou o prêmio de melhor canção autoral de disco independente em 1978).

Teve ainda, nessa época, gravada pela cantora Fao Miranda, em disco vinil, a canção Caju Amigo, parceria com Walter Queiroz e em discos do próprio Walter. Conheceu o pianista e compositor João Donato de quem ficou amigo íntimo e fez apresentações em teatros do Rio de Janeiro, sendo que em uma delas tocou com Walter Queiroz e o próprio João Donato, tendo como músicos convidados o grupo gaúcho Os Almôndegas (baixo e bateria), no backing vocal as cantoras Oneida, Fao Miranda e Zizi Possi.

Com a cantora Beth Carvalho, teve a oportunidade de conhecer todo o subúrbio do Rio de Janeiro, fazendo amizade com compositores e músicos como Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito, Maurício Tapajós, Antônio Carlos e Jocafi, Maria Creusa, Fafá de Belém, dentre inúmeros outros. Já em Salvador, no ano de 1984, conheceu a cantora Palmyra, com quem formou a dupla de voz e violão mantida até hoje, nascendo ali um elo que eternizará um grande estilo musical, totalmente brasileiro, graças ao talento de ambos.

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